domingo, dezembro 17, 2006

Carinho


A minha irmã Maria foi operada ao coração pela terceira vez. Estávamos todos com o credo na boca, mas a minha irmã dá-nos sempre - a todos, irmãos, filhos e netos - uma lição com a forma tranquila com que reage a situações graves. Para ela, o inevitável deve ser encarado com naturalidade.
Ao pé da mana Maria, como nós, os mais novos a tratamos quando não recorremos a outro modo mais informal e igualmente carinhoso chamando-lhe velhota Mary, ninguém se sente à vontade para se queixar de uma dor de cabeça. Pois se ela, raramente se queixa das suas graves mazelas, nem mesmo quando tem mais do um ataque de angina de peito num dia!
Hoje de manhã enviei uma mensagem à minha irmã Alice que está a acompanhá-la no hospital em Adelaide e, depois de saber que lhe foi posta nova válvula – desta vez de boi em vez de porco - fui surpreendida por um telefonema. Fraquinha, muito fraquinha, a voz da minha irmã Maris encheu-me de alegria e de comoção! Nem se imagina quanta!
O meu irmão Manuel fez ontem anos! Não houve jantar de aniversário como nos anos anteriores - a crise, sempre a crise e o medo das consequências da crise… - mas houve lanche para festejar os 73 anos do velhote Manuel e, claro desejando todos que o dia 16 se repita por muitos mais anos!
A minha irmã Mary é a mais velha da família. Antes dela, tínhamos a mana Dora que faleceu em Lisboa, no vale do Jamor, era ainda muito nova, com 50 anos. Enfer
Os manos Mary e Manuel são os mais velhos e, por isso, os tratamos com tanto carinho a que não falta também imenso respeito, igual, aliás, ao que nutrimos pela mana Lila ou Ermy, ou Ermelinda – vários nomes para uma só pessoa! -, que também está bastante doente e festejou mais um aniversário - 71 anos! - no passado dia 13.
Os meus três irmãos mais velhos são um bocado como se fossem meus pais. Têm idade para isso…
Aos meus três irmãos mais velhos, um grande beijinho. Com todo o carinho do Mundo! E o símbolo de tanto carinho só pode mesmo ser uma foto da nossa casa da Fazenda Algarve. Ali, tods nós,
os doze irmãos, desde sempre soltámos a alma e ali respirámos ao ritmo da terra, porque dela fazemos parte… Ontem, como hoje. Como sempre!

3 comentários:

Anónimo disse...

Com carinho leio diariamente os teus blogs . E a minha família são uma constante na minha mente. Melbourne é tão longe ... Adoro as fotografias que colocas. São uma forma de eu matar as saudades de tudo


Um beijinho para a Mau-Duco

MGabriela

Ângela Carrascalão disse...

Augusto,
As orquídeas são do jardim da minha irmã Gabriela em Melbourne.
Logo já darei notícias suas ao pepito e á maria antónia que estão bem.

AnadoCastelo disse...

Parabéns aos manos aniversariantes e um beijinho para eles.
Beijinho para ti também.