quinta-feira, junho 08, 2006
Foi bom conversar
Desde o dia 23 de Maio que não ia à cidade, leia-se, centro da cidade.
Pois bem, hoje desci à cidade. Não, não gostei de a ver.
Díli não é particularmente bonita.
A não ser a marginal, lindissima, com um mar ora azul, ora verde de vários tons, coqueiros numas zonas, gondoeiros noutras, beiros na praia, transformada ao fim da tarde em restaurante de berma de estrada e muita gente a gozar o mar!
Como a praia da areia branca, sempre cheia de barcos, de garotos, de famílias em piquenique animado nas barracas da praia.
Mas agora tudo se esfumou.
Agora, fechamo-nos em casa.
O medo tomou conta de todos.
E Díli ficou deserta. E o mar ali, à espera...
Fui à cidade. Casas queimadas. Poucos carros, pouca gente... Restaurantes vazios, quase todos fechados. Tal como as lojas. A marginal? Vazia, sem gente, sem alma.
Resolvi ir ver o meu irmão João e a minha cunhada Rosinha. Depois chegou o João, meu marido. Matámos algumas saudades de um pedaço de conversa. Era inevitável falarmos da crise - num diz-me que pensas, que sabes, que dizes? - , por entre sorvos de um café acabadinho de fazer.
Mas a conversa soube a pouco e, por isso, prosseguimos com ela depois do jantar, aqui em casa.
Mais crise, mais café. Outras histórias, alguns pedaços de bom humor.
Fez-nos bem. Esquecemos por momentos que ela, a crise, existe e é grave.
Passa da meia noite e eu vou continuar a fazer de conta que tudo está normal e que a vida é bela.
Às vezes também é bom iludirmo-nos!
Até porque o mar continua ali, azul, verde, transparente, belo, sempre à nossa espera.
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1 comentário:
Sabe sempre bem uma conversinha, mesmo que entre família. O convívio seja ele qual fôr só faz é bem. Portanto, assim que puderes não te feches em casa, mas isso não é preciso dizer-te, não é?
Jokas
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