quinta-feira, janeiro 18, 2007
Em tempos que já lá vão, as árvores dentro do mar - os mangais - eram mais frondosas e serviam de morada a macacos e a morcegos. No tempo dos indonésios, quase desapareceram os mangais e, quanto aos macacos e aos morcegos nunca mais ninguém os viu por aquelas paragens.
Dizem que os macacos desapareceram na barriga de muito apreciador. Dizem e eu não garanto.
Os morcegos faziam daquelas árvores lugar de descanso, deixavam-se ficar de cabeça para baixo, com os pés bem presos aos troncos. Quando havia alguém a importuná-los, via-se o céu pintar-se de um momento para o outro de uma mancha negra até que as coias sossegassem e eles pudessem voltar ao seu descanso.
Lembro-me bem de ver, de manhã cedo, os morcegos a atravessarem os céus de Malinamoc, em Comoro, e dirigirem-se para os mangais, para além de Tíbar. À tarde, faziam o trajecto inverso. Voltavam para casa. Ainda hoje não sei bem se os morcegos dormem de dia e comem de noite, se é ao contrário.
Em Tíbar e no resto do percurso até Liquiçá já não se vêem morcegos. Mas, no meu quintal, sou muitas vezes surpreendida com os seus guinchos e os seus voos rasantes junto das cerejeiras japonesas que se vêem numa das fotos anteriores, cujo fruto é muito doce e lhes serve de alimento.
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1 comentário:
Pela lógica eles dormem de dia e passeiam de noite. A não ser que seja qualquer espécie diferente.
Bejos
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