domingo, junho 25, 2006

Ataúro

Nunca fui ao Ataúro. Quem mergulha, afirma que o mar é um espectáculo. Eu mal sei nadar e já me contentava em dar umas pequenas braçadas naquelas águas transparentes!
Agora nem vale a pena pensar nisso. Os tempos continuam difíceis e mais vale ficar sossegadamente no remanso do lar!
O Ataúro tem uma história curisosa que contarei um destes dias quando estiver com melhor disposição. Hoje, apenas vos digo que no Ataúro nasceu o meu irmão Manuel. Lembro-me que o meu pai contava que tinha sido deportado para a ilha de Ataúro porque, em vez de ensinar a ler e a escrever aos seus alunos, distraía-se e começava a falar de política...
Salazar não gostou. Ele que julgava ter-se livrado do anarco-sindicalista quando o mandou para Timor, bem teve de o meter numa corcora (barco pequeno) e deportá-lo para o Ataúro....
Hoje, a ilha constitui um refúgio seguro para os deslocados de Díli que para lá se dirigiram mal rebentou este conflito.
Amanhã há mais. A noite já vai tardia e eu começo a ficar mais para lá do que para cá...

1 comentário:

AnadoCastelo disse...

Cá espero a tua historinha sobre Ataúro.
Jokinhas